domingo, 22 de setembro de 2013

Cuidados Necessários com a Pele Periestomal


A pele periestomal e o próprio estoma são especialmente muito sensíveis e por isso é importante o cuidado adequado. A pele periestomal é essencial para o seu bem-estar. O seu estoma não deve ser um entrave       (uma dificuldade) à sua higiene, devendo por isso cuidar da sua higiene pessoal  como o fazia antes de ser operado. É permitido tomar banho de imersão ou ducha, com ou sem bolsa, segundo sua preferência.

Se optar por tomar banho com a bolsa, não se preocupe pois ela não descola e secará rapidamente com a ajuda de uma toalha (lembre-se de proteger o filtro com adesivo de forma a evitar que o filtre se molhe e perca a sua eficácia). Prevenir os problemas de pele é bem mais fácil do que tratá-los. Evite que a sua pele sofra traumas ou crie dermatites, realizando a higiene de sua pele e estoma de forma adequada. Para tal, tenha em consideração os seguintes pontos:
- Lave suavemente a pele periestomal e o estoma com a ajuda de uma esponja natural em água morna e utilize sabão com PH neutro;
- Seque bem, sem friccionar o estoma, pele periestomal e a pele que está debaixo da bolsa limpa;
- Não use substâncias irritantes para a pele ao redor do estoma, como por exemplo: perfume, álcool, éter, anti-sépticos ou sabões agressivos;  
- Se os pelos ao redor do estoma forem abundantes corte-os com uma tesoura (não utilize gilete ou creme depilatório);
- Não utilize qualquer tipo de creme ou hidratante ao redor do estoma, pois este pode impedir a boa fixação da base adesiva;
- Utilize um equipamento para estomia que lhe proporcione a segurança de ter uma pele bem cuidada. Por isso utilize produtos que sejam capazes de proteger a pele.

Contate o seu enfermeiro ou médico, se o seu estoma apresentar qualquer alteração ou ainda se tiver diarréia ou se a sua estomia não funcionar durante alguns dias.

Fonte: AOOR News - Ano I - Número 04

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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Hemodiálise x Ingestão de Proteínas



A medida que nossa função renal começa a falhar se torna urgente a limitação da ingestão de proteínas com o objetivo de reduzir a produção de uréia. Porém, após iniciado o processo de diálise, a tomada do suplemento protéico deverá ser reforçada.
Ocorre que a desnutrição energético-protéica (DEP) é, habitualmente, um problema comum nos pacientes em diálise. 
As proteínas desempenham um papel importante no nosso corpo, e os pacientes em diálise perdem uma grande quantidade de proteínas durante o tratamento e seu organismo não pode mais processar os aminoácidos adequadamente como anteriormente, torna-se então necessário , aumentar o consumo de alimentos ricos em proteínas.

Por outro lado a ingestão de proteínas de forma inadequada pode causar a desnutrição energético-protéica (DEP), que por sua vez pode aumentar o risco de morte, causar mais problemas de saúde o que afeta a qualidade de vidas dos pacientes em diálise. Portanto um paciente dialítico precisa de acompanhamento na ingestão correta de proteínas pois ele precisa de uma quantidade superior a de um adulto saudável.

Seguem abaixo as quantidade corretas de proteínas que cada grupo de dialisados necessita por dia:
1.20g de proteína / kg de peso corporal / por dia  - para insuficientes renais em hemodiálise;
1.30g de proteína / kg de peso corporal / por dia -- para pacientes de diálise peritonial;
35 kcal / kg de peso corporal para pacientes com menos de 60 anos;
de 30 a 35 kcal /kg de peso corporal para pacientes com 60 ou mais anos.

Converse com seu médico, procure um nutricionista.

Fonte: Cartilha paciente Renal
Leiliane Lemos CRF 26015

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sexta-feira, 12 de julho de 2013


DOENÇA DE CROHN






Cada vez mais frequente entre jovens adultos, mas ainda não explicada pela medicina como ela é desenvolvida , a doença de Crohn é mais uma patologia que tem a intolerância à lactose como consequência. Saiba mais sobre essa doença inflamatória, seus sintomas e como conviver com ela.

A doença de Crohn é uma Doença Inflamatória Intestinal (DII) crônica. A inflamação ocorre com maior frequência na região do íleo (último segmento do intestino delgado), podendo afetar qualquer parte do trato gastrointestinal. A origem desta doença pode ser consequência de diversos fatores, envolvendo agentes genéticos, imunes, ambientais, alimentares e alterações na permeabilidade da barreira do epitélio intestinal. Estes fatores ativam a cascata imunoinflamatória, resultando em lesão continuada da mucosa do intestino.
Esta doença ocorre principalmente em adultos jovens, com idades entre 15 e 25 anos, e tem uma prevalência estimada de 1 em cada 1.000 indivíduos nos países ocidentais, sendo ambos os sexos igualmente afetados. Existe uma tendência mundial para o aumento da sua incidência, não ligado apenas à maior identificação de casos, mas sim a um efetivo aumento de sua frequência. Nos Estados Unidos, cerca de 1,4 milhões de pessoas são afetadas por doenças intestinais inflamatórias (DII) e na Europa há pelo menos 2,2 milhões de indivíduos que sofrem deste tipo de patologia.

Sintomas e DiagnósticoAs principais manifestações são diarreia, dores abdominais sem causas aparentes, sangramento retal, com períodos assintomáticos que podem durar meses ou anos e com perda de peso. São comuns também as dores articulares e a falta de apetite.Em função dos seus sintomas poderem ser facilmente confundidos com outras patologias, não é raro pacientes passarem anos até o diagnóstico correto ser realizado. Mas com uma criteriosa análise dos sintomas e exames como ultrassom, tomografia, ressonância, colonoscopia, endoscopia e outros, é possível chegar ao diagnóstico correto.

Doença de Crohn pode ser confundida com intolerância à lactose?A Doença de Crohn provoca uma alteração no epitélio intestinal e, como consequência, a deficiência na enzima lactase. Por isso, os pacientes com esta doença necessitam de uma dieta de restrição ao leite e derivados. Além da intolerância à lactose, as proteínas do leite também podem ser prejudiciais, já que a alteração na permeabilidade intestinal irá permitir a passagem dessas proteínas intactas, que poderão ser reconhecidas pelo sistema imune como um antígeno, desencadeando um processo alérgico, uma vez que este sistema já esteja alterado.Como a intolerância à lactose ocorre, neste caso, como uma consequência desta patologia, o paciente, quando não diagnosticado corretamente, pode entender que seu problema é apenas relacionado à IL . Por isso uma investigação médica cuidadosa é tão importante para realizar um diagnóstico correto e orientar o paciente no tratamento mais adequado.

Papel da dieta no tratamento da doença de Crohn

Por sua subjetividade e diferentes sintomas, o ideal é um tratamento individualizado, que varia de acordo com as manifestações específicas. Embora não exista cura, é possível controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Além da adequação na dieta, medicamentos específicos podem ser utilizados de acordo com os sintomas, os quais devem ser sempre orientados por um médico.Existem nutrientes que auxiliam na manutenção da integridade da mucosa intestinal e melhoram o estado nutricional e clínico do paciente.Os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) são produzidos pelas bactérias anaeróbicas por meio da fermentação de carboidratos (particularmente os amidos resistentes), proteínas, fibras, prebióticos e probióticos ingeridos pela dieta. Eles têm um papel importante na fisiologia do cólon, pois são a principal fonte de energia e saúde para as suas células. Os AGCC Também estimulam a proliferação celular, aumentam o fluxo sanguíneo e a absorção de sódio e água para o lúmen intestinal.Os ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 auxiliam na redução dos sintomas, pois exercem atividade anti-inflamatória. Os probióticos beneficiam a imunidade intestinal, produzem AGCC, amenizam a intolerância à lactose e controlam a diarreia aguda. A utilização de probióticos resulta no prolongamento do tempo de remissão em pacientes com a doença de Chron.Os compostos bioativos presentes nos alimentos interferem na resposta inflamatória e modulam este processo. A glutamina, um nutriente imunomodulador, parece ser indispensável na manutenção da integridade intestinal. A suplementação de glutamina proporciona menos lesão intestinal grave, menor perda de peso, melhora do balanço nutricional e menor atividade da doença. A arginina também é um nutriente imunomodulador, atuando na ativação de potentes células polimorfonucleares e células T, resultando em uma melhora na resposta imunológica.Por tanto, a terapia nutricional é fundamental para uma melhora significativa dos sintomas, além de proporcionar um  aumento na qualidade de vida destes pacientes. É importante destacar a necessidade do acompanhamento nutricional individualizado, para que o nutricionista estabeleça as condutas alimentares, identificando quais os alimentos que podem contribuir para a integridade intestinal.

Fonte: Post Dra. Camila Mercali - Blog sem lactose

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domingo, 24 de março de 2013

Dúvidas frequentes de Ostomizados e Cuidadores




100 perguntas e respostas a respeito de Colostomias





 1. O que é colostomia?
Colostomia é a porção do intestino exteriorizada através da parede
abdominal. A colostomia faz com que uma parte do intestino fique exposta
no abdomen, como uma boca (estoma). Esta abertura será o local por onde
sairão às fezes que, por sua vez, serão armazenadas em uma bolsa
coletora.

2. O que é estoma?
Estoma é uma abertura feita cirurgicamente no abdomen, por onde o
conteúdo dos intestinos será expelido e coletado para uma bolsa externa.

3. Quando indica-se a realização da colostomia?
A colostomia é indicada, principalmente para descomprimir, drenar, aliviar
tensões de anastomoses intestinais (união de parte do intestino com outra
região do intestino) e proteger suturas de um orgão danificado, no caso o
intestino grosso. Assim, no caso dos estomas intestinais (colostomias,
ileostomias), eles, geralmente, são realizados para evitar que as fezes
passem pelo local operado antes da cicatrização completa, evitando-se
infecções nos pontos de sutura.

4. Como é feita a colostomia?
A colostomia é uma realização cirúrgica feita em centro cirúrgico. Na
cirurgia parte do intestino é exteriorizado no abdomen,
outra parte do intestino tem a “boca” fecha com pontos de sutura.

5. A cirurgia de colostomia é definitiva?
Não, a colostomia pode ser permanente ou temporária, dependendo de
cada doença que está sendo tratada. Por exemplo, na cirurgia para
tratamento do câncer de reto, os estomas temporários são fechados depois
da cicatrização da cirurgia, o que ocorre geralmente após 1 mês da cirurgia.
Após o fechamento do estoma, o paciente volta a evacuar pelo ânus.

6. Como funciona o estoma?
Uma vez que o estoma não pode ser controlado voluntariamente, o paciente
precisará de uma bolsa de coleta de fezes. Um dos maiores problemas para
os ostomizados, depois da cirurgia é a adaptação à vida normal. O paciente
tem várias preocupações, dentre elas: o cheiro, os ruídos, as freqüentes
idas ao banheiro, à reintegração social e profissional, o tratamento da pele
à volta do estoma e até mesmo a atividade sexual.

7. Qual o aspecto normal do estoma?
O estoma é constituído da mucosa normal do intestino, assim o aspecto
normal, saudável, é de cor vermelho vivo, úmido e brilhante, devido a
presença do muco intestinal, semelhante à mucosa da boca (parte interna).
Nos primeiros dias após a cirurgia o estoma pode ficar edemaciado
(inchado). Aos poucos o edema regride.
A pele ao redor do estoma (chamada de pele periestomal) deve estar lisa,
sem lesões ou ferimentos.

8. O estoma é doloroso?
Não, o estoma não tem terminações nervosas, por isso não dói ao ser
tocado, por isso existe o risco de causa lesões sem perceber. Caso
apresente sangramento pequeno ao ser tocado, o paciente deve observar, e
esperar que o sangramente pare expontaneamente. Caso o sangramento
seja contínuo e abundante o médico deve ser procurado.

9. Além da colostomia, existem outros tipos de estomias?
Sim, os tipos mais comuns são:
Ileostomia, onde ocorre a exteriorização de um segmento do íleo.
Urostomia, que é a abertura de um trajeto alternativo de drenagem
da urina pela parede abdominal.

10. Quais as consequências de se retirar uma parte do intestino
grosso (cólon)?
O intestino delgado é rico em enzimas e substâncias que servem para
decompor os alimentos, ao contrário do intestino grosso, cuja principal
função e absorver os líquidos do bolo fecal. Com a retirada de parte do
intestino grosso o intestino delgado deve substituir o cólon na absorção dos
líquidos, com isso, nas fases iniciais do funcionamento da colostomia as
fezes são fluídas acompanhada de enzimas que podem irritar a pele. Com o
passar do tempo as fezes adquirem concistência normal.

11. Qual a característica das fezes na colostomia?
As características e a consistência das fezes variam de acordo com a porção
do intestino que foi exteriorizada. As colostomias, portanto, são
identificadas pela porção do cólon que é trazida para fora do estoma e a
consistência da evacuação que vem de uma colostomia depende da região
em que o intestino foi interrompido. Basicamente são de quatro tipos:
Colostomia ascendente: o estoma é feito na alça ascendente, no lado direito
do abdomen. As fezes têm consistência semi-líquida.
Colostomia transversa: o estoma é feito na alça do transverso, no lado
esquerdo ou direito do abdomen. As fezes têm consistência pastosa.
Colostomia descendente: o estoma é feito na alça descendente, no lado
esquerdo do abdomen. As fezes têm consistência semi-sólida.
Colostomia Sigmóide – uma colostomia sigmóide envolve o cólon sigmóide.
As fezes são firmes e sólidas.
Imediatamente após a cirurgia, o funcionamento do estoma intestinal é
irregular podendo eliminar fezes várias vezes ao dia, em momentos
diferentes. Na medida que o tempo passa, o estoma irá funcionar de forma
mais regular, no entanto, não é possível controlar a saída das fezes.

12.Quanto tempo pode-se ficar com a colostomia?
Não existe um tempo determinado do funcionamento da colostomia.

13. Quando é feita a reversão da colostomia?
A reversão da colostomia é realizada quando a doença que obrigou a
realização da colostomia está curada. Não existe um tempo para isso se
realizar.

14. Como é feita a reversão da colostomia?
A reversão da colostomia é uma ato cirúrgio a ser realizado no centro
cirúrgico onde o transito intestinal é restabelecido com sutura entre a
“boca” da colostomia e a parte do intestino que ficou inativa.

15. A bolsa coletora deve ser usada sempre?
Sim, a bolsa deve ser usada sempre, pois a colostomia pode funcionar a
qualquer momento.

16. Existe alguma restrição ao uso de água?
Não, a hidratação deve ser plena, observando sempre que no início da
colostomia, o intestino não absorve adequadamente os líquidos causando
muita perda de líquidos (água).

17. O que é colostomia úmida?
A colostomia úmida em alça é construída para permitir a saída de urina e
fezes através do mesmo estoma. É uma alternativa para pacientes que
necessitam de dupla derivação (fezes e urina).

18. O que é uma ileostomia?
A ileostomia é a exteriorização da parte final do intestino delgado na pele
do abdomen. As fezes de uma ileostomia são mais líquidas do que aquelas
que saem por uma colostomia. As ileostomias são realizadas por qualquer
motivo que impeça a passagem das fezes pelo intestino grosso.

19. O que é uma urostomia?
Urostomia é uma abertura na pele que permite a saída de urina proveniente
dos rins, ureteres ou bexiga. A mais comum é a urostomia de Bricker, na
qual é utilizado um pedaço do intestino delgado que é exteriorizado na pele
e a este pedaço são ligados os ureteres (canais que saem dos rins e
conduzem a urina até a bexiga).

20. O paciente com estoma tem somente uma única abertura no
abdomen?
Não, o paciente pode ter a necessidade de ter mais de um estoma, e todos
devem ser cuidados e forma independente.

21. Como cuidar da bolsa de colostomia?
A bolsa de colostomia deve ser preparada para o uso medindo-se o orifício
da colostomia e recortando a “boca” da bolsa no tamanho ideal. Deve-se
sempre utilizar o dispositivo indicado, nunca proceder adaptações. O
dispositivo deve ser bem fixado impedindo o contato das fezes com a pele
ao redor do estoma, evitando-se assim dermatite.

22. Como conseguir uma vedação segura?
A vedação segura é conseguida deixando-se, no mínimo, dois centímetros
de resina sintética entre o estoma e a flange.

23. Quantas vezes devemos trocar a bolsa?
Nas colostomias, o sistema deve ser trocado a cada quatro ou cinco dias.
Nas ileostomias e urostomias o sistema deve ser trocado a cada dois ou três
dias. O sistema deve ser trocado antes deste período quando apresentar
vazamentos.

24. Quando devemos trocar o dispositivo?
A troca do dispositivo deverá ser efetuada quando ocorrer infiltração do
conteúdo. Deve-se evitar as trocas desnecessárias; geralmente o sistema
de duas peças tem duração de até sete dias, e o sistema de uma peça três
dias.

25. Quando esvaziar a bolsa?
A bolsa deve ser esvaziada sempre que o contéudo atingir um terço de sua
capacidade. Isto evita o peso excessivo da bolsa e reduz o risco de
descolamento da placa.

26. Como trocar a bolsa de colostomia?
O material para troca do sistema duas peças tem: placa adesiva; bolsa
coletora; pinça para fechar a bolsa; medidor do estoma; tesoura com ponta
arredondada; água e sabão; gazes ou pano macio. O material para troca de
bolsa de urostomia é semelhante, à exceção da bolsa que possui uma
válvula para drenagem. Os passos para troca da bolsa são os mesmos.
Troca passo-a-passo:
Retire delicadamente a placa no banho ou com a ajuda de um pano
umedecido.
• Limpe a pele ao redor do estoma. Seque bem a pele.
• Utilize o medidor de estomas para saber o tamanho exato do seu estoma.
• Desenhe o molde do estoma no verso da placa: não deixe a abertura da
placa muito maior que o estoma, o ideal é manter de dois a três milímetros
de pele descoberta ao redor do estoma.
• Recorte a placa.
• Retire o papel do verso da placa.
• Coloque a placa sobre a pele realizando movimentos circulares para
facilitar a fixação da placa.
• Coloque a parte inferior do aro da bolsa em contato com a parte inferior
da placa.
• Dobre abertura da bolsa ao redor da pinça de fechamento. Feche a pinça.

27. O que observar na colostomia quando trocar a bolsa de
colostomia?
Durante a troca da bolsa deve-se observar uma das seguintes alterações:
• Sangramento excessivo.
• Cianose (cor roxa) do estoma – indica redução da circulação sangüínea do
estoma.
• Irritação da pele ao redor do estoma.
• Redução excessiva no tamanho do estoma.
• Presença de pus.
Caso ocorra alguma dessas anormalidades procure o médico ou a
enfermeira estomaterapeuta.

28. Quais materiais auxiliam na troca da bolsa de colostomia?
Há materiais que são chamados acessórios que não são essenciais para a
troca do equipamento, mas podem facilitar a utilização da bolsa e melhorar
a qualidade de vida. São eles: Protetor cutâneo; cápsulas de polímeros de
acrílio, sistema oclusor de colostomia e sistema de irrigação para
colostomia.

29. Como proteger a pele ao redor da colostomia?
A pele ao redor da colostomia pode ser protegida com uma película
transparente que pode ser aplicada com um chamado Lenço Barreira
Protetora, que ao ser passado na pele, forma um filme transparente
formando uma barreira.
Outras barreiras de protetoras da pele são: na forma de pó, pasta ou
placa.
As barreiras protetoras podem ser utilizadas para preencher irregularidades
da pele ao redor do estoma, tornando mais fácil a adaptação da placa e
prevenindo a infiltração. A barreira em pó absorve a umidade da pele,
facilitando a adesão da placa.

30. Como evitar que o adesivo da bolsa de colostomia machuque a
pele?
O adesivo da bolsa deve ficar bem aderido a pele, evitando que a bolsa se
desprenda. Na hora de retira a bolsa pode-se utilizar um lenço removedor
de adesivo, que facilita a remoção da placa adesiva, deixando a pele ao
redor do estoma limpa.

31. Existe um cinto que protege a bolsa de colostomia?
Sim existe um cinto elástico com encaixes que se adaptam nas hastes
existentes na bolsa coletora. São utilizados para manter a bolsa fixa,
proporcionando maior segurança ao paciente. Devem ser utilizados com
placas convexas.

32. Como evitar ter gases?
Faça refeições repartidas.
Mastigue devagar e com a boca fechada.
Evite beber grandes quantidades de líquidos durante as refeições.
Evite feijão, milho, ervilhas, grão, lentilhas, favas, couve-flor, pepino,
couve-de-bruxelas, brócolos, cebola, nabo, pimentão, soja,
chocolate, açúcar, doce, queijos curados, cerveja, refrigerantes,
especialmente se forem gaseificados.

33. Como evitar odores desagradáveis?
Deve comer: maçã, salsa, alface, espinafres, pêssego, pêra madura, leite,
iogurte, manteiga e queijo fresco.
Deve evitar: ovos, cebola, bróculos, couve-flor, nabo, beterraba, rabanete,
pepino, café, carnes de conserva, fumados e bebidas alcoólicas.

34. Existe algum material que se coloca na bolsa para evitar o
excesso de gases?
Sim, o uso de filtro de carvão. Esses filtros servem para retirada dos gases
retidos nas bolsas coletoras, o que reduz o seu volume e a possibilidade de
ocorrências desagradáveis. O seu uso deve ser mais bem avaliado pelos
ileostomizados, por aqueles que apresentam as fezes líquidas e, também,
pelos demais ostomizados que lavam internamente suas bolsas coletoras.

35. O que fazer para ter um efeito laxante?
Deve comer leguminosas, oleaginosas, cereais integrais, doces, leite,
ameixa, morangos, kiwi, melancia e laranja.
Não deve comer : arroz branco, batata, cenoura, abóbora, gelatinas,
banana, maçã, fruta cozida sem casca

36. Como evitar que a bolsa fique com muito líquido em seu
interior?
Pode se evitar o excesso de líquido na bolsa de colostomia com a colocação
de cápsulas de polímeros de acrílico dentro da bolsa e atuam transformando
o líquido (urina ou fezes líquidas) em gel semi-sólido, facilitando o
esvaziamento e reduzindo o risco de infiltração e conseqüentemente o
descolamento da placa.

37. O que é um sistema oclusor de colostomia?
O sistema oclusor de colostomia é composto por uma haste de espuma e
uma película. Em contato com a umidade do intestino a espuma se expande
ocluindo o estoma. É utilizado após a irrigação da colostomia, com trocas
realizadas a cada 12 horas. Pode ser utilizado por períodos de até 2 horas
por pacientes ileostomizados quando desejarem maior independência.

37. Como o ostomizado deve agir para voltar a vida normal?
Os pacientes ostomizados devem seguir algumas recomendações que
paulatinamente se tornarão um hábito:
Evitar carregar peso excessivo.
Evitar praticar esportes que exijam muito esforço.
Evitar o uso de cintos, fivelas ou de outros artigos que possam
apertar ou comprimir o estoma.
Evitar alimentos que produzam gases ou odores fortes.
Consumir legumes, frutas e beber muito líquido.
Mastigar bem os alimentos.
Lavar a pele ao redor do estoma delicadamente, com um sabonete
neutro.
Observar o estoma com regularidade: a pele à sua volta deve estar
úmida, lisa, e sem feridas ou coceiras.

38. O que é um Sistema de irrigação para colostomia?
O sistema de irrigação para colostomia é utilizado somente em indivíduos
com estoma terminal do lado esquerdo, o sistema de irrigação realiza uma
limpeza do intestino grosso, assim, o indivíduo pode ficar até 72 horas sem
utilizar bolsa coletora. O sistema é formado por uma bolsa para colocar o
líquido usado na irrigação, um cone de silicone para ser adaptado ao
estoma e uma manga coletora para permitir a drenagem do líquido.

39. O sistema de irrigação para colostomia pode ser utilizdo por
qualquer ostomizado?
Não a irrigação só pode ser feita em indivíduos com colostomia terminal. Só
deve ser utilizada sob orientação médica e treinamento realizado pela
enfermeira estomaterapeuta.

40. Como se pode conseguir esses equipamentos e a orientação de
seu uso?
Pode comprar os equipamentos em casas de material cirúrgico. Também é
possível obtê-los gratuitamente através do sistema único de saúde. Para
isso, você necessita de um relatório médico ou da enfermeira
estomaterapeuta descrevendo a sua cirurgia, o tipo de estoma, se o estoma
é temporário ou definitivo e qual o tamanho do estoma.
Com esse relatório você pode agendar uma perícia em um posto de
distribuição e após a perícia, você receberá uma quantidade ideal para 30
dias de uso.

41. Quais as complicações no local da colostomia?
As complicações locais podem ocorrer tanto no pós-operatório imediato,
precoce ou tardio, apresentando incidência variável de 15 a 30%, sendo as
mais freqüentes: a necrose da colostomia, dermatite, abscesso,
hemorragia, retração, estenose, hérnia para-ostômica, prolapso, fistula
colo-cutânea, perfuração para a cavidade peritoneal e mais raramente o
surgimento de neoplasia.

42. Quais são as complicações ditas precoces, ou seja que aparecem
logo após a realização cirúrgica do estoma?
As complicações precoces do estoma são: sangramento, inchaço, isquemia,
retração, descolamento muco-cutâneo.

43. Por que ocorre sangramento?
O sangramento pode ocorrer nas primeiras horas após a confecção cirúrgica
do estoma, e é originário de pequena veias do mesentério ou da parede
abdominal. Este tipo de complicação não causa grandes problemas na o
estoma. Se o paciente não tem distúrbio na coagulação da sangue o
sangramento parará expontaneamente. O importante é não se alarmar e
comunicar-se com o médico que realizou a cirurgia. A colocação de
compressas geladas pode não ser uma boa decisão pois pode ferir o
estoma.

44. Por quê pode ocorrer inchaço do estoma?
O inchaço (edema) do estoma se deve a infiltração de líquido nos tecidos
próximos ao estoma e mobilização da alça intestinal. Este tipo de
complicaçnao desaparecerá expontaneamente ap’os algumas horas. Não
deve ficar preocupado a respeito. Comunique com seu médico a respeito.

45. Por que ocorre isquemia do estoma?
O estoma normal tem coloração vermelho brilhante, com a isquemia o
estoma fica pálido e descorado. Isso se deve a deficiência da circulação
sanguínea do estoma (parte da alça intestinal exteriorizada). Este achado
pode ser uma emergência médica. Procure médico que realizou a cirurgia o
mais breve possível.

46. O que é retração do estoma?
Retração do estoma é a penetração, total ou parcial, da alça intestinal na
cavidade abdominal. Esta complicação requer avaliação médica e pode
haver necessidade de reposicionar cirurgicamente o estoma.

47. O que é o descolamento muco-cutâneo?
O descolamento muco-cutâneo é a ruptura da linha de sutura entre o
estoma e a parede abdominal. Essa complicação deve ser avaliada pelo
médico que realizou a estomia.

48. Quais são as complicações tardias?
As complicações tardias da colostomia são: dermatite, estenose, hérnia e
prolapso.

49. Por que pode ocorrer dermatite?
A dermatite (irritação da pele ao redor do estoma) é causada pelo contato
da pele com o fluído intestinal. Isto se deve a colocação errada da bolsa
coletora deixando a pele sem proteção. A sua prevençnao depende de uma
boa higienização da pele com sabão neutro e perfeita colocação da bolsa de
colostomia. O tratamento é a base de pomadas protetoras e cicatrizantes.

50. O que é estenose do estoma?
A estenose do estoma é a dimininuição do orifício externo do estoma. A
correção desta complicação é feita pelo médico e poderá necessitar de
tratamento cirúrgico.

51. Por que pode ocorre hérnia do estoma e como podemos
diagnosticar?
A hérnia é a saída de vísceras pelo trajeto do estoma, formando um
abaulamento em torno do estoma. Esta complicação constitui uma
emergência médica e o colostomizado deve consultar o médico que o está
acompanhando o mais breve possível.

52. O que é prolapso do estoma?
Prolapso é a saída parcial ou total da alça intestinal pelo estoma. O
tratamento de reposicionamento da alça intestinal poderá ser feito pelo
profissional habilitado em colostomia (estomaterapeuta), porém a consulta
ao médico que acompanha o caso deve ser o mais breve possível

53. Como agir preventivamente no paciente idoso colostomizado?
No paciente idoso deve-se atentar em alguns detalhes. Para poder elaborar
um plano de cuidados, é importante avaliar se o mesmo possui alguma
dificuldade para a realização do autocuidado. Caso possua deficiência visual
ou Doença de Parkinson terá dificuldade na troca do dispositivo; deficiência
auditiva ou demência não permitirá que compreenda sobre os cuidados
quando explicado pela equipe, assim é importante a presença de um
familiar ou cuidador para que possa auxiliar no cuidado diário.


54. Como agir em colostomizado obeso e com excesso de prega
abdominal?
Na presença de prega cutânea, dobra abdominal ou se o contorno da pele
peristoma for irregular, aplicar pasta protetora para nivelar a pele. Deixar
secar de um a dois minutos antes de colocar a bolsa de colostomia.

55. O que pode causar diarréia pela colostomia?
A diarréia pode ser causada por uma doença (como a gripe) ou por uma
variedade de razões. A pessoa com uma ostomia, continua podendo ter
uma diarréia, da mesma forma que tinha antes da sua cirurgia. Se o
colostomizado tiver uma diarréia, existe alguns alimentos que pode ajudar a
engrossar suas fezes. Evite alimentos e bebidas que poderão soltar seu
intestino.

56. Quais os alimentos que podem “prender” o Intestino?
Os alimentos que prendem o intestino são: maçã, bananas, manteiga,
queijos ,marshmallows, leite (fervido), macarrão (qualquer tipo).

57. Quais os alimentos e bebidas que podem soltar o intestino?
Cerveja ou bebidas alcoólicas, brocoli, frutas frescas (com exceção de
bananas), podem soltar o intestino.

58. Qual o risco de desidratação?
Diarréia muito prolongada pode causar desidratação. Em caso de diarréia
deve ser orientado a ingerir soro caseiro ou isotônicos previnindo a
desidratação.
No ileostomizados o perigo da desidratação é maior, pelas característica
aquosas do material intestinal. Assim o corpo, provavelmente, necessitará
de uma maior quantidade de líquidos do que antes da cirurgia. Para evitar
desidratação, deve-se tomar bastante água, suco ou outros líquidos
diariamente. Caso seja hipertenso ou cardiopata deve consultar o médico
antes de aumentar a quantidade de líquido a ser ingerido.

59. O que pode causar obstrução da colostomia?
Algumas vezes, alimentos fibrosos podem causar obstrução do seu íleo
dificultando a passagem pelo estoma.

60. Quais alimentos que são ricos em fibra?
São alimentos ricos em fibras: salpicão, verduras preparadas à chinesa,
coco, repolho cru, milho, frutas secas (como uvapassa, figo seco e
damasco). alimentos com casca de difícil digestão (como maçãs com casca,
batatas com casca, e uvas) carnes condimentadas (como lingüiças,
salsichas e mortadela), cogumelos, nozes e pipoca.

61. Como tomar banho?
Pode tomar banho usando a bolsa coletora, uma vez que esta é
impermeável e basta limpá-la com uma toalha. Se preferir, pode tomar
banho sem a bolsa, uma vez que a água não causa irritação para o estoma,
no entanto, se tomar banho de emersão, tem que ter em atenção eventuais
perdas involuntárias de fezes.

62. Qual sabonete usar no banho?
O banho e a higiene da colostomia deve ser feita com sabonete líquido e
neutro com bastante água morna; este procedimento pode ser feito no
chuveiro. Enxaguar abundantemente a pele e secar com tecido macio,
exemplo algodão ou toalha.

63. Pode utilizar esponja sobre a colostomia?
Não, nunca utilize esponjas, pois pode causar traumas e sangramentos
importantes. O estoma é insensível ao toque, assim não sabemos se
estamos causando alguma lesão.

64. Como cuidar dos pelos no local?
Os pelos devem ser cortados com tesoura, nunca com aparelho de barbear,
pois este pode lesar a pele ou o estoma. Os aparelhos depilatórios com
lâmina podem provocar aparecimento de inflamação na raiz do pelo.

65. O que fazer se o saco aderir mal?
Este fato pode ser devido ao estado da pele em redor do estoma. Não
deverá mudar o saco, mais vezes do que as necessárias, pois pode causar
irritação da pele e dificultar a adesão ao saco. Se a pele estiver muito
vermelha ou ferida, deverá aplicar clara de ovo não batida, no local e secar
com um secador antes de aplicar novamente o saco.

66. Como cuidar com o excesso de pele junto do estoma?
A presença de excesso de pele, dobra abdominal, pregas cutâneas ou
contorno irregular da pele junto do estoma, pode causar perda da aderência
da bolsa coletora. Esse problema pode ser corrigido com a utilizaçnao de
pasta protetora para nivelar a superfície. Deixe a pasta secar por
aproximadamente dois minutos e coloque a bolsa coletora.

67. O que é irrigação da colostomia?
A irrigação da colostomia é um método de regulação da atividade intestinal
do colostomizado, conseguida pela lavagem intestinal (enema), realizada
através do estoma, na qual se utiliza um volume líquido planejado, mais
comumente água, à temperatura corporal, para limpar o intestino grosso, e
que possibilita controlar a eliminação de fezes pela colostomia por um
período regular.

68. Quem pode se beneficiar da irrigação da colostomia?
Sistema de irrigação para colostomia: utilizado somente em indivíduos com
estoma terminal do lado esquerdo, o sistema de irrigação realiza uma
limpeza do intestino grosso, assim, o indivíduo pode ficar até 72 horas sem
utilizar bolsa coletora.

69. Como é formado o sistema de irrigação da colostomia?
O sistema é formado por uma bolsa para colocar o líquido usado na
irrigação, um cone de silicone para ser adaptado ao estoma e uma manga
coletora para permitir a drenagem do líquido.

70. Quem pode utilizar a irrigação da colostomia?
A irrigação pode ser feita por indivíduos com colostomia terminal, em cólon
descendente ou sigmóide. Ou seja, as demais formas de estomias
(colostomia em cólon ascendente e transverso) não podem utilizar este
procedimento.
Só deve ser utilizada sob orientação médica e treinamento realizado pela
enfermeira estomaterapeuta.

71. Qual o mecanismo fisiológico de funcionamento da irrigação?
Fisiologicamente, a introdução de um volume de água no cólon causa
dilatação do intestino grosso, o que estimula a contração (peristaltismo em
massa) e, com isso, promove o esvaziamento do conteúdo fecal. A
finalidade básica desse procedimento é treinar o intestino a evacuar o
conteúdo fecal uma vez ao dia, ou a cada dois dias, em horário planejado,
dando às pessoas colostomizadas um período isento de preocupação, com o
funcionamento aleatório e em horário indesejável do intestino.

72. A irrigação da colostomia ajuda a diminuir os gazes intestinais?
Sim, ao remover os resíduos, ocorre diminuição quantitativa de microbiota
bacteriana intestinal e, consequentemente, da produção de gases.

73. Quais as condições para realizar a irrigação da colostomia?
A pessoa colostomizada deve preencher alguns critérios: ter colostomia
terminal, em cólon descendente ou sigmóide; ter destreza e habilidade
física e mental para realiza-lo; não ter complicações no estoma como,
prolapso de alça, estenose do estoma, retração ou hérnia paraestomal
grande; não ser portadora de síndrome de cólon irritável, e ter boas
instalações sanitárias na residência.

74. Qual o equipamento necessário para a realização da irrigação?
Para a realização da irrigação da colostomia, faz-se necessário ter em mãos
um kit com os materiais necessários, como: recipiente do irrigador
transparente, com escala de medida, termômetro para verificar a
temperatura da água e capacidade de 2000 ml; cone de plástico maleável;
tubo ou extensão de plástico, transparente, para acoplar o irrigador ao
cone; uma pinça pra controle do fluxo de água; bolsa de drenagem
(manga), transparente, aberta nas duas extremidades tendo, na mais larga,
adesivo ou suporte para cinto elástico; presilha para fechamento da manga
e cinto elástico.
Outros acessórios – suporte para pendurar o recipiente de água; luvas para
o procedimento; jarra de plástico com água morna; lubrificante; material de
higiene habitual e o equipamento coletor ou o sistema oclusor, para uso
após o procedimento.

75. Quanto tempo depois da realização da colostomia pode-se fazer
a irrigação?
O início do treinamento para a irrigação da colostomia é muito variável de
cinco dias a seis meses de pós-operatório, porém a maioria dos
pesquisadores indicam um período inferior a trinta dias. A discussão do
início do procedimento leva em consideração, de um lado, na possibilidade
de ocorrência de dor e desconforto à pessoa recém-operada e, de outro, no
fato de que a irrigação da colostomia evitaria o uso do equipamento coletor,
amenizando o estigma da alteração da imagem corporal do paciente.
76. Qual o volume de líquido que deve ser utilizado na irrigação?
O volume ideal é de 500 ml de água morna, podendo também ser utilizado
solução eletrolítica de polietilenoglico (PEG) ou solução de trinitrato de
gliceril. Com esse volume de líquido de irrigação o tempo de irrigação e a
retenção de água são menores e as fezes mais consistentes dos cólons são
removidas completamente. O PEG é melhor do que a água no esvasiamento
dos cólons, sendo indicado como alternativa futura a ser usada na irrigação
da colostomia.

77. Qual o melhor horário para a realização da irrigação?
A própria pessoa deve escolher aquele que é o melhor horário que se
adapta ao seu estilo de vida, sendo importante a constância no horário e no
uso do método.

78. Quanto tempo demora a realização da irrigação?
O tempo dispendido na realização da irrigação da colostomia varia de 20 a
90 minutos. De acordo com a prática adquirida pela pessoa. Segundo os
diversos estudos sobre o assunto esse tempo gasto é compensado pelo
conforto da ausência de exoneração pela colostomia.

79. A pessoa deve permanecer no banheiro no período da irrigação
da colostomia?
Não, a pessoa pode preencher o tempo com atividades diversas de acordo
com seu estilo.

80. A irrigação da colostomia pode trazer algum malefício para o
paciente?
Não, a irrigação da colostomia é um método seguro e eficaz, trazendo um
esvaziamento total dos cólons transverso e descendente e de 35% do cólon
ascendente e ceco. Para a eficácia e segurança do procedimento deve-se
respeitar as normas técnicas e o uso de equipamento adequado.
Nos últimos anos, os resultados alcançados pelas pessoas colostomizadas
com o uso da irrigação da colostomia têm sido responsáveis pela ampliação
de sua utilização, principalmente quanto ao impacto positivo sobre a
qualidade de vida.

81. Quando o colostomizado pode voltar as suas atividades
normais?
O retorno ao trabalho ou suas atividades normais depende do tipo de
cirurgia realizada. O período de afastamento do trabalho é determinado pelo
médico. Quando retornar ao trabalho lembrar sempre de levar equipamento
para troca de emergência.

82. O que o colostomizado deve fazer quando sair de casa?
O ideal é programar a saida de casa após a troca da bolsa de colostomia ou
da irrigação da colostomia. Mesmo assim, é bom levar um material para
troca: lenços ou pano limpo, placa, bolsa e grampo. O ideal é levar a placa
já cortada para facilitar possível troca.

83. O colostomizado deve usar roupas especiais?
Não. Após a cirurgia muitas pessoas se preocupam com a possibilidade de
que a bolsa seja notada por baixo da roupa. O fato é que as bolsas são finas
e ficam bem ajustadas ao corpo. Ao escolher roupas deve-se tomar cuidado
para que elas não façam pressão sobre o estoma. Porém use as roupas que
estava habituado. Aja naturalmente, como se não tivesse a bolsa de
colostomia.

84. Quando o colostomizado poderá viajar?
Após a liberação médica não há impedimento quanto a viagens.

85. Como o colostomizado deverá agir no preparo para a viagem?
Para facilitar o cuidado com o estoma alguns pontos devem ser
mencionados: determine a quantidade de equipamentos necessários de
acordo com a duração da viagem. O ideal é que a quantidade inicialmente
determinada seja multiplicada por dois, pois podem ocorrer imprevistos
como aumento nos movimentos intestinais ou dificuldade de aquisição de
equipamentos. Na viagem leve pelo menos material para uma troca na
bagagem de mão, mantendo-o sempre acessível. Evite exposição do
material a temperaturas elevadas, pois pode alterar a qualidade da placa.

86. O colostomizado pode praticar esportes?
Sim. É importante destacar que cada pessoa recupera-se de forma
diferente, então o retorno a prática esportiva dependerá da cicatrização. As
restrições ao esporte não são muitas, porém esportes de contato devem ser
evitados pelo risco de agressão ao estoma. Além disso, o levantamento de
peso excessivo também deve ser evitado para prevenção de hérnias. Os
exercícios devem ser moderados e de curta duração.

87. Quais os cuidados com a colostomia antes da prática esportiva?
Durante a prática esportiva é recomendável a utilização de um cinto ou
cinta para manter a bolsa mais segura.

88. O colostomizado pode praticar natação?
Sim. a prática da natação, assim como, hidroginática pode ser feita sem
nenhuma restrição, pois a bolsa e a placa são impermeáveis à água. Antes
de nadar deve-se esvaziar a bolsa. Durante a prática da natação é
recomendável a utilização de um cinto ou cinta para manter a bolsa mais
segura. As mulheres devem usar um maio peça única e para os homens
uma camiseta para evitar olhares e comentários a respeito da bolsa de
colostomia. Estanhos não devem saber sobre a sua condição física, pois isto
só diz respeito ao paciente e os profissionais que estão cuidando da sua
saúde.

89. O paciente ostomizado pode tomar banho de banheira?
Sim, desde que siga as recomendações dadas no item anterior, ou seja,
esvaziar a bolsa e utilizar um cinto ou cinta para manter a bolsa mais
segura. Lembre-se que a a bolsa e placa são feitas de material
impermeáveis à água.

90. Os ostomizados podem participar de jantares e frequentar
restaurantes?
Sim, desde que tenha a noção de um cardápio elaborado por uma
nutricionista em acordo com a sua doença e tipo de ostomia realizada.
Seguindo as informações poderá alimenta-se com a escolha ideal para sua
condição física.

91. Os ostomizados podem ingerir bebidas alcoólicas?
Em princípio a ingestão eventual e regrada de bebidas alcoólicas não causa
malefício e serve para melhora a socialização do ostomizado.

92. Como evitar o surgimento de odores desagradáveis que inibem a
socialização?
Alguns alimentos como: aspargos, ovos, brocoli, peixe, couve-de-bruxelas,
alho, repolho, cebola, couve-flor, alguns temperos, devem ser evitados por
produzir odores desagradáveis.

93. Que alimentos e bebidas que podem aumentar os gases?
Alimentos como, feijão, couve-flor, milho, brocoli, pepino, couve-debruxelas,
cogumelo, repolho, ervilha, e espinafre, assim como, cerveja e
bebidas gaseificadas podem aumentar os gases.

94. Qual a dieta ideal para o colostomizado?
Ter uma ostomia não significa tem que manter uma dieta especial. De fato,
muitas pessoas que sofrem de doenças do intestino mantêm uma dieta
restrita por causa da doença. Em muitos casos, uma ostomia permite que a
pessoa retorne a uma dieta normal. Imediatamente após a sua cirurgia, o
médico pode receitar uma dieta especial; no entanto, depois do seu período
de recuperação, poderá voltar à sua dieta de costume.
Orientações:
• Comer uma dieta balanceda.
• Comer bem devagar e mastigar bem os alimentos.
• Adicionar gradualmente os alimentos à dieta, para poder observar como o
organismo responde aos alimentos.
Nos portadores de ileostomia, beber bastante água, sucos e outros líquidos
diariamente.

95. Quando poderá retomar a atividade sexual?
Uma vez que ocorreu a cicatrização da cirurgia você poderá retornar à
atividade sexual. É natural que logo após a cirurgia o desejo sexual
diminua, portanto você e seu (ua) parceiro (a) devem discutir o momento
ideal de retorno a atividade sexual. Antes da atividade sexual esvazie a
bolsa.

96. Como se preparar para a atividade sexual?
As mulheres podem utilizar um espartilho, e os homens podem utilizar
faixa/tensor abdominal para deixar a bolsa menos aparente e mais segura
durante o ato sexual. Utilizar uma bolsa fechada (não drenável) de menor
capacidade pode ser mais confortável. Para aumentar o conforto pode ser
utilizada uma bolsa de tecido para evitar o atrito da bolsa plástica e a
visualização do conteúdo da bolsa.
  
97. Os hospitais brasileiros estão preparados para receber pacientes
ostomizados?
Infelizmente não. São poucos os hospitais que treinam equipes
especializadas no tratamento desses paciente, mesmo quando internados
por outros motivos não relacionados com os problemas intestinais ou da
colostomia.

98. Como deve ser a equipe de atenção aos ostomizados?
A peça chave no grupo de atenção aos ostomizados é a enfermagem
especializada em estomaterapia, porém a equipe deve contrar com
psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas
ocupacionais e educadores, além dos médicos que assistem ao paciente.

99. Qual o futuro das pessoas ostomizadas?
As pessoas com estomias provisórias, que aguardam a cirurgia de
reconstrução do trânsito intestinal, e as com estomias definitivas estão se
beneficiando das novas tecnologias dos materiais e das novas técnicas
utilizadas neste tipo de procedimento. Mas, fundamentalmente, estão se
beneficiando com os treinamentos das equipes que prestam assistência aos
ostomizados.

100. Como entrar em contato com grupos de ostomizados?
Existem vários serviços oficiais e particulares de apoio aos ostomizados.
Veja no site da Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST)
informações a este respeito.

Fonte:  www.fegest.org

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